sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Rock n’ Roll e o fim do mundo


- Quero um pouco de a black tea and blues, please! Eu gosto e odeio São Paulo,
o frio rasgante
junto com desequilíbrio
 do calor cortante
são,no mínimo,
 intrigante. 
Meu, eu sei que isso era pra ser uma conversa, não uma poesia.
Do que vamos papear? 
- A revolução
- artística?! Magina...  A gente conseguiu algo em 1968, uma naturalidade em naturalizar o ato de romper. Pena que só deu pra fazer isso no âmbito estético, tem gente que não tem a mínima ideia do Glauber Rocha e dos poetas populares. Estou fazendo crítica. Não era pra gente falar besteira
- como anda os seus casinhos?
- tô noiva, vou casar nos Caribes no dia 22 de Outubro de 2040. É meio longe, porque a gente quer assistir o mundo acabando
- quando que acaba?
- ah! Falaram que ia acontecer em 2040, a gente quer ver. Tanto que o casamento vai ser numa ponte. Numa ponte amarela, a música de entrada vai ser uma música bonitinha, aquelas bem calmas, sabe.  A gente pensou em Valsinha, de Chico, até Clair de Lune, de Debussy. Aí vai ser bem trash, magina todo mundo pegando fogo e uma canção bonitinha no fundo
- quantos anos vai ter?
- eu (2040 – 1992 = 48), eu vou ter 48 anos e serei uma anônima. Talvez mais feliz, talvez mais triste.  Muitos amigos já terão morrido, quem sabe eu terei filhos até lá ou continuo sendo amante do Armando. Betinha, quando voltar de Alagoa, não se esqueça de passar um tempo na minha casa, eu não cozinho bem, fazer o quê, mas posso fazer café 

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