Vou falar que nem uma mulher desbocada. A História é um pedantismo cultural, a única ciência mutável e imperfeita que sonha ser científica, factual e inegável. É chata porque se consagra no cientificismo, mas é bela porque o absolutismo nela não há nada de generalizante. Os processos situados históricos não são repetitivos, enganam-se, a história não revive o estado puro do passado. As pessoas têm entre si uma pluralidade de corpos. Façam um exercício: observem um vaso hoje, depois amanhã... Tentem, então, re-escrever a totalidade do ontem. O que vão ter? O estado puro do vaso hoje?
A História é uma Hera, porque defende o casamento imperfeito com as outras musas das humanidades, porém é uma Afrodite, porque ela é irresistível. A História é a prisão da humanidade.
"A História é a prisão da humanidade", que nos faz comparar o amanhã com o ontem descabidamente.
ResponderExcluirÓtimo!