segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Espírito Roubado

não leva embora todo meu espírito
carrega minhas carnes por kilo
meu coração funciona no grito
grito de prisioneiro:
"Salve teu peito!"

salva a alma que lhe resta
mata tua bontade
destila todo teu ácido
nesses porcos de espíritos disfarçados
de velhas frágeis nos cultos espíritas


amargando o café,
mais amargo é o meu dia
engulo facas filosóficas
tomo enlatados econômicos


ainda morrerei de aglomerados
humanísticos
sugam os sucos dos meus fulcros
mastigam as células místicas
eu como capim teológicos
de falsas ideias paradísiacas


vou embora pro Caribe
Ou, talvez, pra Suíça
procurar os meus lucros
talvez eu realizo
sonhos bruscos
compro
um barco
um amor
masturbo
o meu suor
alivio
meu jack estripador
dosmesticado civilizado
ou então.... eu morro

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