segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Verdades de puta

Milagres do santo pinto de pinteiro
sonhos ludibriantes de Antônio
Porra! A vida é um lixo
dos lustres que eu busco
é o meu luxo

Ao invés de me prometer os céus
Mete logo teu pau
no lugar que quer
e some

(não vai dizer-me que não era
isso o que querias?)

Não mentes
é pecado enganar uma mulher
porque ela logo te enganará de volta
As xotas são mais complexas que paus
Desses bosques mistérios entrementes
escondem-se por entre arbustos e naus
ondas me engolem de incoerências
Talvez seja o mar, o gozo
A vida.

Não gosto de dar pra negros
Resguardo meu corpo
Com brancos
Uma maneira diferente de relembrar
minha virgindade
se não é amando como os cultos
pelo menos é trepando com os puros
De pele, grana e dignidade
Dos botecos e uísques
caros

Não me dê jóias
Prefiros os elogios
Nasci felina no dia oito de agosto
Meu maior desgosto
É a desgraça que comeu meu ventre
com a doença de morte
Não vou virar puta véia
Morrerei antes

Só que me permita, menino,
Dar-te um conselho:
"... A vida é mais bela que parece
Perceba isso dantes
Que a alma apodreça seus dentes
sangrando nos quartos sujos
pros ratos beberem o resto de suor
envenenado pelas alegrias d' outros"

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